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"Um olhar moderno enxerga o meio ambiente com oportunidade, jamais como problema"


quinta-feira, 3 de junho de 2010

Presente de grego!

Ás vésperas de comemorarmos o Dia Internacional do Meio Ambiente (05), nossos queridos do norte, os EUA, confirmam o pior desastre ecológico de sua história. Que presente “maravilhoso” para nossa Mãe Natureza!
O vazamento de petróleo no golfo do México há mais de um mês vem fazendo estrago por onde se alastra. O fluxo do vazamento estimado por cientistas do governo e técnicos ambientais, de 2 a 3 milhões de litros de petróleo por dia, fez com que, na semana passada, se confirmasse este desastre maior que o do navio-tanque Exxon Valdez,em 1989, onde despejou 42 milhões de litros no Alasca. Pois é, isso mesmo! Um valor absurdo e difícil de tentarmos imaginar.
Como conseqüência do impacto ambiental, os EUA anunciaram que cerca de 20% das águas oceânicas do país serão fechadas para a pesca e foi acionado um exército de pessoas para trabalhar arduamente visando deter o vazamento de petróleo e proteger a costa norte-americana de uma maior catástrofe ambiental.
Apesar de todo “esforço”, nos próximos dias, a barreira de corais da Flórida, a terceira maior do mundo, poderá ser gravemente danificada pela contaminação dos tóxicos derivados do petróleo e dos dispersantes químicos que estão sendo empregados para combater a expansão do vazamento. Como já dizia meu avô, não adianta agora chorarmos o leite derramado.
Uma coisa é certa! O impacto ambiental ocasionado pelo derramamento de petróleo está aí e “bora lá” remediar.
Como sempre, um dos males da humanidade: remediar antes de prevenir. E laia...
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que o acidente que levou ao vazamento de óleo no Golfo do México serve de alerta para o Brasil. Segundo ela, ainda esta semana, representantes do governo, da Marinha e da Petrobras devem se reunir para avaliar a capacidade brasileira de lidar com esse tipo de emergência.
“O acidente nos Estados Unidos revela a necessidade de uma estratégia de contingência em torno de acidentes ambientais no Brasil”, disse Izabella durante entrevista a uma emissora de rádio durante a semana.
Enfim, a questão que quero colocar não é a de focar no desastre ambiental, a conduta que o governo americano está tratando o assunto, o alerta para nosso país ou até mesmo como a comunidade mundial e mídia vem se comportando frente a isso. E sim, questionar posicionamentos conservadores. O vício do petróleo!
Que me desculpem os defensores da indústria petrolífera, mas não podemos continuar destruindo nossos ecossistemas, fontes de riqueza e sobrevivência de futuras gerações, sem criar clara consciência ecológica e universal dos altos riscos envolvidos diante deste contexto que hoje estamos inseridos.
Seria uma ilusão acreditar que da noite para o dia poderíamos dispensar o combustível dos carros e renunciar ao petróleo como fonte principal de energia.
Mas espalhados pelos quatro cantos do mundo, projetos inovadores utilizam de forma inteligente os recursos naturais, como sol, vento e mar, para mudança de paradigma no uso de energia no planeta. Mais do que uma postura ecologicamente correta ou um ideal sustentável, é uma necessidade!
Isso não é ficção científica ou obra de George Lucas! É tecnologia, ciência e um pouco de boa vontade.
O País vem despontando na produção de energia via fontes alternativas sim. Destaca-se aí o crescimento da geração de energia a partir da biomassa, com o apro¬veitamento de resíduos vegetais, como o bagaço de cana, casca de arroz e madeira. Além disso, o Brasil avança nas pesquisas e projetos pioneiros na produ¬ção de energia eólica e solar.
Sendo assim, a dependência em relação ao petróleo torna-se menor, por conta das energias renováveis. Os benefícios são muitos na geração de energia atra¬vés das fontes renováveis, como a emissão nula ou reduzida de gases de efeito estufa, a diversificação da matriz energética, o que contribui para aumentar a se¬gurança energética, a criação de maiores oportunida¬des de trabalho, com o aproveitamento da biomassa.

Porém, apesar dos investimentos, dos estudos e pes¬quisas desenvolvidos na área das energias alternati¬vas para geração de energia, o Brasil ainda necessita de uma política pública estruturada para garantir uma participação compatível com a dimensão do nosso potencial energético renovável.
Em reportagem publicada na revista VEJA “O melhor exemplo de como a energia verde funciona está na Alemanha. Em oito anos, o país reduziu drasticamente sua dependência do petróleo. Metade da energia solar existente no mundo é produzida lá. O governo alemão não está temeroso diante da crise. O ministro dos Transportes da Alemanha acaba de anunciar incentivos à produção de carros elétricos que devem resultar na produção de 1 milhão de veículos desse tipo no país até 2020.” A energia verde está sendo utilizada e deverá fazer parte cada vez mais de nossas políticas energéticas, porque o século XXI precisa dela.
Exemplos temos, espaço e privilégios de recursos naturais temos. Boa vontade? Hum....
Esperaremos um outro presente? Agora nosso?
Do jeito que anda a coisa meu amigo, dou uma de São Tomé, é ver para crer!

Ricardo Zaccarelli Fº é Biólogo, Pós graduando em Gerenciamento Ambiental pela ESALQ/USP e em Direito Ambiental. Atualmente é Diretor da ECOLOGIC Projetos e Consultoria Ambiental. www.ecologicambiental.com.br

2 comentários:

  1. Parabéns pela proposta do blogger, esse é um problema que infelizmente se trata de todos, alias, de cada um fazendo a sua parte!
    O Brasil não possui condições se caso acontecer um problema desse, mas é como você disse, é ver para crer!
    Já adicionei em meus favoritos! Meu blogger é sobre moda, porém gosto muito de textos sobre ecologia...
    beijão!

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  2. parabens pela pauta! voltaremos mais vezes! Conheçam tambémm nosso blog: http://saudaveleorganico.blogspot.com/

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