Seja Bem Vindo!!

"Um olhar moderno enxerga o meio ambiente com oportunidade, jamais como problema"


quinta-feira, 24 de junho de 2010

Lixo ou informação?

Misturam-se com as folhas caídas no chão, com a poeira das calçadas; eles estão em toda a parte! Distribuir panfletos nas ruas se tornou um hábito publicitário bastante adotado entre os empresários.
Sempre que se fala em panfletos, existe uma polêmica. Afinal estes papeizinhos são lixo ou informação?
Ao todo são mais de 45 mil panfletos distribuídos por dia em Votuporanga e com toda esta quantidade o que não falta é panfleto, ou melhor, lixo nos bueiros, ruas e calçadas da cidade. E laia... É isso mesmo! Lixo.
Encontra-se como definição da palavra lixo: materiais sólidos considerados inúteis, supérfluos ou perigosos, gerados pela atividade humana, e que devem ser devidamente descartados ou eliminados. Descartados onde? Na porta da minha casa? Na calçada do meu vizinho?
Lixo porque da maneira que vem sendo destinado como a própria definição diz: “... materiais sólidos considerados inúteis gerados pela atividade humana...”.
A lei municipal 4694, sancionada em 12 de novembro de 2009 no município de Votuporanga, proíbe a distribuição e lançamento de folhetos, panfletos, avisos ou qualquer tipo de material impresso veiculando mensagens publicitárias nas vias e logradouros públicos, bem como a colocação de folhetos em veículos e o lançamento de papel picado em locais públicos. Quando se tratar de divulgação de campanhas institucionais, não comerciais, como campanhas patrocinadas ou apoiadas pelo município, a distribuição de folhetos poderá ser autorizada, desde que solicitada pelo órgão ou entidade interessada e mediante autorização expressa do órgão competente.
O responsável pela fiscalização no município destacou em matéria recente em um dos veículos de comunicação da cidade que as empresas estão cumprindo a lei. “As panfletagens diminuíram bastante. Acreditamos que o impacto ambiental causado pelos papéis que eram lançados às ruas foi um problema que conseguimos resolver de imediato”.
Bom, eu já diria que foi amenizado o problema, mas não resolvido. Ele relata ainda que as empresas já se conscientizaram e estão entregando os panfletos somente nas residências. Pois é, aí que está o problema!
Na legislação sancionada diz que é permitida a distribuição em residências! Ok. Mas de que forma? Trocamos o sujo pelo mal lavado!
Agora se a calçada da minha casa e de toda minha vizinhança não há problema, estamos enrolados! E digo pelo que estão aos meus olhos diariamente onde acredito que não seja implicância minha ou um fato isolado no município.
Enfim, por meio deste breve artigo e meu papel como cidadão e ambientalista, venho alertá-los sobre práticas em nosso município onde não condizem com aquilo que buscamos: a sustentabilidade em meio ao caos ambiental no planeta.
Sabemos sim, que além de ser um método barato de divulgar informações, tem a capacidade de atingir um grande número de pessoas, mas o problema é de que forma isso está sendo distribuído e onde ocorre essa distribuição, há sujeira na rua! Daí fica uma pergunta: O panfleto é um sistema de informação prático e barato, mas será que ele é eficiente?
O panfleto pode até ser a forma mais barata de promover uma empresa ou propaganda, mas não vejo como a mais eficiente, pois a grande maioria das pessoas se sente incomodadas com os panfletários e para não ter que pegar o tal “panfletinho” até se deviam do seu caminho.
Como sugestão aos empresários que desejam se utilizar desse meio publicitário uma opção é a de treinar os contratados e terceirizados na distribuição e a de distribuir nas residências através da caixa de correio ou encartado nos jornais do município. Neste caso a responsabilidade é de cada cidadão, pois cada um é responsável pelo próprio lixo. Não como se vê por aí!
E, diga-se de passagem, que não fui eu quem disse isso! Segundo a Constituição Federal em seu Artigo 225 cita: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Voto a favor de uma cidade mais limpa, de panfletos devidamente entregues em residências e de uma comunicação ecologicamente correta.

Ricardo Zaccarelli Fº é Biólogo, Pós graduando em Gerenciamento Ambiental pela ESALQ/USP e em Direito Ambiental. Atualmente é Diretor da ECOLOGIC Projetos e Consultoria Ambiental. www.ecologicambiental.com.br

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Presente de grego!

Ás vésperas de comemorarmos o Dia Internacional do Meio Ambiente (05), nossos queridos do norte, os EUA, confirmam o pior desastre ecológico de sua história. Que presente “maravilhoso” para nossa Mãe Natureza!
O vazamento de petróleo no golfo do México há mais de um mês vem fazendo estrago por onde se alastra. O fluxo do vazamento estimado por cientistas do governo e técnicos ambientais, de 2 a 3 milhões de litros de petróleo por dia, fez com que, na semana passada, se confirmasse este desastre maior que o do navio-tanque Exxon Valdez,em 1989, onde despejou 42 milhões de litros no Alasca. Pois é, isso mesmo! Um valor absurdo e difícil de tentarmos imaginar.
Como conseqüência do impacto ambiental, os EUA anunciaram que cerca de 20% das águas oceânicas do país serão fechadas para a pesca e foi acionado um exército de pessoas para trabalhar arduamente visando deter o vazamento de petróleo e proteger a costa norte-americana de uma maior catástrofe ambiental.
Apesar de todo “esforço”, nos próximos dias, a barreira de corais da Flórida, a terceira maior do mundo, poderá ser gravemente danificada pela contaminação dos tóxicos derivados do petróleo e dos dispersantes químicos que estão sendo empregados para combater a expansão do vazamento. Como já dizia meu avô, não adianta agora chorarmos o leite derramado.
Uma coisa é certa! O impacto ambiental ocasionado pelo derramamento de petróleo está aí e “bora lá” remediar.
Como sempre, um dos males da humanidade: remediar antes de prevenir. E laia...
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que o acidente que levou ao vazamento de óleo no Golfo do México serve de alerta para o Brasil. Segundo ela, ainda esta semana, representantes do governo, da Marinha e da Petrobras devem se reunir para avaliar a capacidade brasileira de lidar com esse tipo de emergência.
“O acidente nos Estados Unidos revela a necessidade de uma estratégia de contingência em torno de acidentes ambientais no Brasil”, disse Izabella durante entrevista a uma emissora de rádio durante a semana.
Enfim, a questão que quero colocar não é a de focar no desastre ambiental, a conduta que o governo americano está tratando o assunto, o alerta para nosso país ou até mesmo como a comunidade mundial e mídia vem se comportando frente a isso. E sim, questionar posicionamentos conservadores. O vício do petróleo!
Que me desculpem os defensores da indústria petrolífera, mas não podemos continuar destruindo nossos ecossistemas, fontes de riqueza e sobrevivência de futuras gerações, sem criar clara consciência ecológica e universal dos altos riscos envolvidos diante deste contexto que hoje estamos inseridos.
Seria uma ilusão acreditar que da noite para o dia poderíamos dispensar o combustível dos carros e renunciar ao petróleo como fonte principal de energia.
Mas espalhados pelos quatro cantos do mundo, projetos inovadores utilizam de forma inteligente os recursos naturais, como sol, vento e mar, para mudança de paradigma no uso de energia no planeta. Mais do que uma postura ecologicamente correta ou um ideal sustentável, é uma necessidade!
Isso não é ficção científica ou obra de George Lucas! É tecnologia, ciência e um pouco de boa vontade.
O País vem despontando na produção de energia via fontes alternativas sim. Destaca-se aí o crescimento da geração de energia a partir da biomassa, com o apro¬veitamento de resíduos vegetais, como o bagaço de cana, casca de arroz e madeira. Além disso, o Brasil avança nas pesquisas e projetos pioneiros na produ¬ção de energia eólica e solar.
Sendo assim, a dependência em relação ao petróleo torna-se menor, por conta das energias renováveis. Os benefícios são muitos na geração de energia atra¬vés das fontes renováveis, como a emissão nula ou reduzida de gases de efeito estufa, a diversificação da matriz energética, o que contribui para aumentar a se¬gurança energética, a criação de maiores oportunida¬des de trabalho, com o aproveitamento da biomassa.

Porém, apesar dos investimentos, dos estudos e pes¬quisas desenvolvidos na área das energias alternati¬vas para geração de energia, o Brasil ainda necessita de uma política pública estruturada para garantir uma participação compatível com a dimensão do nosso potencial energético renovável.
Em reportagem publicada na revista VEJA “O melhor exemplo de como a energia verde funciona está na Alemanha. Em oito anos, o país reduziu drasticamente sua dependência do petróleo. Metade da energia solar existente no mundo é produzida lá. O governo alemão não está temeroso diante da crise. O ministro dos Transportes da Alemanha acaba de anunciar incentivos à produção de carros elétricos que devem resultar na produção de 1 milhão de veículos desse tipo no país até 2020.” A energia verde está sendo utilizada e deverá fazer parte cada vez mais de nossas políticas energéticas, porque o século XXI precisa dela.
Exemplos temos, espaço e privilégios de recursos naturais temos. Boa vontade? Hum....
Esperaremos um outro presente? Agora nosso?
Do jeito que anda a coisa meu amigo, dou uma de São Tomé, é ver para crer!

Ricardo Zaccarelli Fº é Biólogo, Pós graduando em Gerenciamento Ambiental pela ESALQ/USP e em Direito Ambiental. Atualmente é Diretor da ECOLOGIC Projetos e Consultoria Ambiental. www.ecologicambiental.com.br

terça-feira, 25 de maio de 2010

Biodiversidade. É de comer?

A Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) declarou o ano de 2010 como o Ano Internacional da Biodiversidade, com o propósito de aumentar a consciência sobre a importância da preservação da biodiversidade em todo o mundo.
Sábado passado (22/05), comemorou-se também o dia mundial da Biodiversidade. Mas afinal, o que é Biodiversidade?
Na verdade não há uma definição consensual do que é biodiversidade , mas o termo refere-se a quase uma totalidade de definições a toda e qualquer variedade do mundo natural e sua riqueza.
Os cientistas não sabem responder qual é a biodiversidade mundial. Na verdade não se tem qualquer informação sobre este valor. Admiti-se que o número de espécies biológicas no planeta esteja entre 2 a 80 milhões. Pois é. Isso mesmo! Não conhecemos nada ainda.
Cada uma dessas espécies é o resultado de milhões de anos de evolução orgânica, representando assim, um patrimônio genético de um valor inestimável.
Milhares de espécies de vegetais e animais são utilizadas pelo Homem na alimentação, na produção de energia e trabalho, na produção de remédios e vacinas.
A filosofia conservacionista não é altruísta, mas egoísta, pois pensa sempre na preservação das espécies para futuros usos da humanidade, preocupando-se sobretudo com a sobrevivência do Homem. É o nosso antropocentrismo dominante. E laia!
Em um vegetal qualquer da Floresta Atlântica ou Amazônica não estaria a cura do câncer? Em um pequeno macaco destas florestas não poderia ser desenvolvida a vacina contra a AIDS?
Quantos defensivos agrícolas serão desenvolvidos com o auxílio da biodiversidade? Quais as doenças novas da humanidade do futuro que terão suas curas nos elementos da natureza?
O Homem vem destruindo a biodiversidade há cerca de 7 mil anos. Muitas espécies de animais e vegetais já desapareceram e não poderão jamais ser recuperadas. Extinção é pra sempre!
As florestas tropicais são responsáveis pela maior biodiversidade mundial. O Brasil, detentor da maior floresta tropical úmida, é considerado como o país mais rico do mundo, pois a biodiversidade é ponderada hoje, principalmente pelos países desenvolvidos, como a maior riqueza da Terra, pois é a matéria prima da Biotecnologia.
Entretanto, as florestas tropicais do planeta estão sendo inutilmente destruídas, buscando-se lucros imediatistas, sendo substituídas por pastagens que duram poucos anos além de acarretarem outros sérios problemas ambientais.
Bom, agora que sabemos da existência dessas datas comemorativas, do que realmente significa o termo biodiversidade e na minha humilde e modesta tentativa de uma reflexão, fica apenas uma pergunta.
Até que ponto essa política desenvolvimentista acima de tudo e todos se sustentará diante de um planeta que clama por respeito?

Ricardo Zaccarelli Fº é Biólogo, Pós graduando em Gerenciamento Ambiental pela ESALQ/USP e em Direito Ambiental. Atualmente é Diretor da ECOLOGIC Projetos e Consultoria Ambiental. www.ecologicambiental.com.br

segunda-feira, 24 de maio de 2010

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